O II DIGO – Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás começa na próxima quinta-feira, 1º de junho e vai até domingo, dia 4 de junho. O evento será realizado no Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás, localizado na Praça Universitária, em Goiânia. As Mostras Competitivas receberam inscrições de 309 filmes produzidos em vários países, sendo que a maioria das produções selecionadas é inédita no Brasil. Foram escolhidos 10 filmes para a categoria nacional e 10 filmes para a categoria internacional para concorrer ao troféu DIGO.
As mostras incluem filmes de cineastas como Bruce La Bruce e Sávio Leite que tiveram obras exibidas em grandes festivais internacionais. “Devido a alta qualidade dos projetos inscritos que não poderiam passar desapercebidos em terras goianas, foram incluídos mais 20 filmes, além de uma mostra especial Divercilac”, explica o diretor do festival, Cristiano Sousa.
Serão premiados com o troféu DIGO, os melhores curtas nacionais e internacionais nas seguintes categorias: melhor diretor, atuação, roteiro, público. Além disso, haverá uma menção honrosa e um troféu especial de destaque em homenagem ao crítico de cinema Christian Petermann, falecido ano passado e que foi um dos incentivadores do festival.
O DIGO espera receber visitantes de todo o Brasil e do mundo. O diretor Cristiano Sousa tem boas expectativas para essa edição. “Como na primeira, o festival vem estabelecendo uma celebração positiva do audiovisual como janela para a congregação e conhecimento para todo o público”, comenta.
A curadoria foi realizada pelo cineasta Ricky Mastro e o diretor do festival cineasta Cristiano Sousa – ambos com experiência cinematográfica no Brasil e no mundo.
[otw_shortcode_divider margin_top_bottom=”30″ text=”Programação” text_position=”otw-text-center”][/otw_shortcode_divider]O evento abre as portas ao público no primeiro dia, 1º de junho com a intervenção urbana Eu te Aceito. Haverá ainda a abertura das exposições Protogéneias com desenhos do artista Vinícius Figueiredo e Trans-DiGO, Transborde-se com fotografias de Alejandro Zenha realizadas exclusivamente para o evento, além de videoartes como Corpo Neutro e performances com a curadoria de Alexandre Nunes. O público poderá participar também da produção de um curta-metragem durante o festival na oficina Rodando um Curta ministrada por Claudio Bosco e que será exibido no encerramento do festival. Além das mostras competitivas, serão exibidos os longas A Felicidade de Margô com a atriz trans Maria Clara Spinelli, filme baseado na crônica de Drauzio Varella e o brasiliense Sobre Nós que contará com a presença dos diretores Mauro Carvalho e Thiago Cazado para um bate papo.
No segundo dia, 2 de junho, o público poderá participar de uma Oficina de Dança de Salão ministrada por Giovanna Leoni e Rafael Rabelo e de uma mesa debate sobre Lgtbi´s fobia – Violência e Criminalização com representantes da comunidade. Além de performances, serão exibidos os longas Waiting for B, de Paulo Cesar Toleto e Abigail Spindel e Kelly, filme alemão de Uli Decker. Já a mostra paralela nacional contará com representantes de alguns filmes para um bate papo com o público. O Expectador ainda poderá assistir ao longa São Paulo em Hi-Fi, de Lufe Steffen.
No terceiro dia, 3 de junho, será realizada a leitura dramática do monólogo Raroquerer Haraquiri com Rodrigo Ungarelli da obra de Roberto Muniz Dias. O autor ainda irá lançar o seu livro As Divinas Mãos de Adam. O público vai contar também com oficina de Stiletto com o professor Killder Alves que ensinará a dançar com salto alto. Haverá uma roda de conversas sobre de direitos LGBT que discutirá questões legais como mudança de nome social. O público será agraciado ainda com apresentação de dança com Xtreme Company com Gabriel Torquatto e Italo Borgato e com a exibição do documentário A Fé que nos Une de Paulo Guerra que aborda as igrejas evangélicas inclusivas LGBTTI. A noite será celebrada festa do DIGO na boate Roxy que exibirá as vinhetas e videoartes do festival.
No último dia, 4 de junho, será encenada a peça A Contrapêlo – Eu não gostaria de estar na sua pele? de Natássia Garia. O público ainda vai se encantar com a Oficina de Drag Queen ministrada por Anderson Carlos Lucena Silva ou Ashley Cruz. Uma mesa com a Dra. Kássia Rita Lourenceti de Menezes e as Ligas Acadêmicas LASEX e de Infectologia e Imunologia da UFG discutirá sobre saúde. Na noite de premiação, antes do anúncio dos vencedores serão exibidos curtas-metragens goianos e os curtas produzidos pelos oficineiros durantes as duas edições do festival.
Durante o festival, o público poderá visitar uma feira de diversidade com stands das ligas acadêmicas de medicina da UFG LASEX e de Infectologia e Imunologia, alimentação, produtos e stand de igrejas inclusivas como Igreja Iris, Vale do Éden, Ministério Vida, Igreja Cristã Conquista Plena e Renascer que acolhem o público LGBTTI.
[otw_shortcode_divider margin_top_bottom=”30″ text=”História” text_position=”otw-text-center”][/otw_shortcode_divider]O festival foi idealizado pelo cineasta Cristiano Sousa e o produtor Ivan Martins que já produziram vários projetos de audiovisual premiados e selecionados em diversos festivais no mundo. A realização do Festival é um desafio já que não possui apoio de editais de lei de incentivo e é feito graças ao esforço conjunto de voluntários, empresas privadas, ativistas e participantes que acreditam nos direitos humanos e conta com as colaborações de Dra. Cristina, madrinha do DIGO desde a primeira edição, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas da Prefeitura de Goiânia, do Senador Wilder Morais e da Associação da Parada do Orgulho GLBT de Goiás.
O DIGO é o primeiro festival de cinema do Centro-Oeste, que aborda a diversidade sexual e de gênero. O Festival nasceu da necessidade de construir espaços para o diálogo sobre preconceitos, violência e recriminações a respeito da sexualidade e do gênero. É um projeto que visa mostrar através do cinema vivências e experiências sobre sexualidade humana, enxergando o outro como ser humano sem necessidade de rótulos, definições e ódio.
De acordo com o coordenador do DIGO, o festival é uma tentativa de lançar um olhar cuidadoso para a questão LGBTTI: “O Brasil é o país que mais mata os LGBTTI´s no mundo e por isso é importante dialogar sobre humanidade e amor ao próximo, já que todos temos uma alma e corpo neutro, ou seja, todos somos iguais e o cinema é um caminho para que se possa enxergar as experiências, emoções e sentimentos”, explica.
[otw_shortcode_divider margin_top_bottom=”30″ text=”Obras selecionadas” text_position=”otw-text-center”][/otw_shortcode_divider]Longas Metragens:
– A fé que nos Une, 2016 Paulo Guerra, MG
– Felicidade de Margô, de Maurício Eça 2017
– Kelly 60 minutos de Uli Decker – Alemanha, 2016
– São Paulo em Hi-Fi de Lufe Steffen, 2015
– Waiting for B de Paulo Cesar Toledo, Abigail Spindel 71 minutos.
Mostra Competitiva Goianos:
– A Fome Secreta de Katyucha de Oliveira e Yuri Félix, 2016 9´30
– Blaxploitation: A Rainha Negra de Edem Ortegal 2014 21´35
– Duas Vezes Senzala de Gustavo Pozzatti, 2017 25´
– Íris de Warley José de Souza, 2016 7´
– Obstar (ou O Garoto Que Nada Viveu) de Felipe Freitas, 2017 8´
– Psicoisa de Cristiano Mullins, 2010 4´
– Procura-se de Leo Pinheiro, 2014 11´
– Hoje a mangueira entra de Ângelo Lima, 2016 8´
Mostra Paralela Internacional:
– 3 Friends de Michael Moody Culpepper 22´2016 Irlanda
– Alex y Eric Para Siempre de Leo Adef 11´ 2016 Espanha
– AUFBRECHEN, de Peter Pflügler,6´2016 Austria
– Buddy de Van Niels Bourgonje, 11´ 2016, Holanda
– Change in the Weather de Muiris Crowley, 16´2015 Irlanda
– Mi Voz Lesbiana de Jessica Agila Tene 5´2016 Equador
– The Being from elsewhere de Guy Bordin e Renaud De Putter, 18´ 2015
– The Wedding Patrol de Rogier Hardeman, 14´2016 Alemanha
– Trouser Bar de Kristen Bjorn 20´2016 UK
– Undercover Mistress, Giulio Ciancamerla, 13´2016 Itália
Mostra Paralela Nacional:
– Aquela Estrada, de Rafael Ramos 15´ 2016, (AM)
– As Cores da Rua, de Felippe Francisco 25´ 2016, (SP)
– Baunilha de Leo Tabone, 18´ 2017 (PE)
– Demônia de Cainan Baladez e Fernanda Chicolet 17´ 2016 (SP)
– ILE, o curta, de Vanessa Coscia 13´2016, (SP)
– Jonas Banhado em Sangue, de Mateus Bandeira 18´ 2016(CE)
– SAPAS, de Iasmim Feijó 9´ 2016, (SP)
– Trincado, de Rodrigo Lara 16´2016, (SP)
– Vagabunda de Meia Tigela de Otavio Chamorro 25´ 2015(DF)
– Você, de Felipe Cabral 19´ 2017 (RJ)
Mostra Competitiva Internacional:
– 8:30-12:05 de Nadia Gomez Kiener/ Daniela Doffo, 4´2017 Argentina
– Eva de Florent Medina, 10´França
– Mariposas de Angel Villaverde, 18´ 2017 Espanha
– Mr. Sugar Daddy de Dawid Ullgren, 14´Suécia
– PRIA de Yudho Aditya, 21´ 2016 Alemanha
– Princess de Karsten Dahlem, 16´ 2017 Alemanha
– Refugee´s Welcome de Bruce la Bruce, 21´2016 Alemanha
– Ruptures de Francisco Bianchi, 18´2016 França
– Sisak de Faraz Arif Ansari, 15´ 2016 Índia
– Superheroes de Volker Petters 15´2017 Alemanha
Mostra Competitiva Nacional:
– A Vez de Matar, A Vez de Morrer, Giovani Barros 2016 25´(MS)
– Diamante, O Bailarina, de Pedro Jorge, 2016, 22´ (SP)
– GRAMATYKA, de Paloma Rocha 15 2015, (DF)
– Lugar pra Ninguém, de Fabiana Carlucci 2016 20´ (SP)
– O Chá do General, de Bob Yang, 2016 22´ (SP)
– O Último Dia Antes de Zanzibar, de Filipe Matzembacher e Marcio
– Rosinha, de Gui Campos 14´ 2016, (DF).
– Stanley, de Paulo Roberto, 2016 19´ (PB)
– Tailor, de Cali do Anjos 9´47 2017, (RJ)
– Vênus – Filó, a fadinha lésbica de Sávio Leite, 2017, 6´ (MG)
Mostra DIVERCILAC (Rede de Festivais da América Latina e Caribe):
– DIVERSXS, Jorge Garrido de Afioco Espanha, 2015 10´56 (FESTDIVQ)
– She de Thibault Llonch, França, 2015 2´18 (FESTDIVQ)
– Shift de Cecília Puglesi e Yijun Lu EUA, 2015 5´23 (FESTDIVQ)
– Onde é aqui, de Mateus Capelo (SP) 2016 12´ (POPPORN)Tenedor de Plata, de Sergio Castillo Peru 2016 (OUTFESTPERU)
– Zebra de Paul Detwiler, EUA 2015 6´(OUTFESTPERU, FESTDIVQ, LESBIGAYTRANS)

DIGO – II Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás
Data: de 01 a 04 de junho de 2017
Horários: 13h00 as 22h00
Local: Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (Avenida Universitária, 1533 – Setor Leste Universitário – Goiânia – GO)
Mais informações: (62) 98545-0905
Entrada franca.
A programação completa com dias e horários podem ser acessadas clicando aqui.
Foto de capa: longa-metragem São Paulo em Hi-Fi de Lufe Steffen, 2015/divulgação.