Goiânia

Goiânia recebe o título de ‘Capital Nacional da Música Sertaneja’

Projeto de Lei de autoria do vereador Willian Veloso (PL), foi sancionado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) na última segunda-feira (14)

Desde a última segunda-feira (14), Goiânia passou a contar oficialmente com o título de ‘Capital Nacional da Música Sertaneja’. A matéria, de autoria do vereador Willian Veloso (PL), foi sancionada pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) e publicada no Diário Oficial do Município (DOM) na terça-feira (15), tornando-se a Lei nº 10.753.

O prefeito argumentou que a proposta reconhece o estilo musical como parte das raízes do povo goianiense e destacou que a capital tornou-se referência da música sertaneja no Brasil e berço de cantores e duplas que atuam no gênero.

“Inúmeros artistas desenvolveram seus talentos cantando em bares e restaurantes da capital, e ganharam o carinho do público nos palcos do Brasil e mundo afora”, afirmou Rogério Cruz, citando Marília Mendonça, Bruno e Marrone, Israel e Rodolffo, Zezé Di Camargo e Luciano e Leandro e Leonardo.

O vereador Willian Veloso justificou o título. “Em relação ao aspecto econômico, Goiânia é destacadamente o município que mais gera receitas, empregos diretos e indiretos, e retorno financeiro por meio da música sertaneja. Além dos eventos, a noite goianiense concentra inúmeras baladas, bares com shows ao vivo, em estabelecimentos espaçosos e modernos. A música sertaneja movimenta a economia da cidade em diferentes setores”, declarou.

Oposição

O projeto para reconhecer Goiânia como Capital Nacional da Música Sertaneja também sofreu oposição por parte de alguns vereadores na Câmara Municipal.

Na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), a proposta recebeu votos contrários de Marlon Teixeira (Cidadania) e Mauro Rubem (PT), em sessão realizada no dia 24 de novembro de 2021.

A justificativa dos parlamentares para votarem contra o projeto, na ocasião, é de que foram procurados por representantes do setor de cultura da capital, que se manifestaram de forma contrária.

“Hoje, temos um cenário forte de música eletrônica, de rock alternativo, MPB, rap, hip-hop e música orquestrada. Portanto, Goiânia é muito rica musicalmente. Os artistas desses outros estilos não se sentem reconhecidos com esse projeto. Minha propositura, que está tramitando na Câmara, é tornar Goiânia na capital de diversidade musical”, afirmou o vereador Marlon Teixeira.

Edmar Carneiro, diretor do Instituto de Educação em Artes Professor Gustav Ritter, acompanhou a votação na CCJ e opinou ser contrário ao projeto. “Goiânia expressa uma riqueza cultural muito além da música sertaneja. Eu acredito que, quando um projeto limita nossa capital, tão rica na diversidade cultural, e fecha apenas num segmento, fecham-se negócios”, afirmou.

Willian Veloso, autor da matéria, defendeu o texto e disse ter o apoio da população, verificada por meio de pesquisas feitas por redes sociais e presencialmente por meio de abaixo-assinado. “Esse projeto não desmerece nenhum outro gênero musical. Ele atende o desejo da maioria da população que gosta de música sertaneja, conforme prova as pesquisas, mas não pretere os outros estilos musicais”, esclareceu.

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Vinicius Martins

Jornalista por formação, com especialização em Marketing e Estratégia Digital. Fundador e editor-chefe da Revista Factual.

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