O presidente da República, Jair Bolsonaro se vê no centro de mais uma polêmica desde a noite de terça-feira (5).
Após inúmeras críticas realizadas ao seu governo em blocos de Carnaval, Bolsonaro resolveu responder. Para isso, publicou um vídeo com o que, segundo ele, seriam práticas comuns da festa.
“Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conslusões (sic)”, disse o presidente.
Confira o tweet (e o vídeo) a seguir:
Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conslusões: pic.twitter.com/u0qbPu9sie
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 5, 2019
A questão, porém, é que o vídeo possui conteúdo sexual e nudez, o que fez com que o próprio Twitter restringisse o acesso às imagens.
Depois disso, a situação se agravou rapidamente e fez com que internautas pedissem o impeachment do presidente.
A alegação é que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade contra a probidade na administração. Até a publicação dessa matéria, a hashtag #ImpeachmentBolsonaro liderava os Trending Topics do Twitter.
Para justificar o pedido, o público utilizou o trecho da Lei Nº 1.079, de 10 de abril de 1950, que define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento. Confira a seguir:
CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA A PROBIDADE NA ADMINISTRAÇÃO
Art. 9º São crimes de responsabilidade contra a probidade na administração:
1 – omitir ou retardar dolosamente a publicação das leis e resoluções do Poder Legislativo ou dos atos do Poder Executivo;
2 – não prestar ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas relativas ao exercício anterior;
3 – não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição;
4 – expedir ordens ou fazer requisição de forma contrária às disposições expressas da Constituição;
5 – infringir no provimento dos cargos públicos, as normas legais;
6 – Usar de violência ou ameaça contra funcionário público para coagí-lo a proceder ilegalmente, bem como utilizar-se de suborno ou de qualquer outra forma de corrupção para o mesmo fim;
7 – proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decôro do cargo.
#BolsonaroTemRazão
Ao mesmo tempo que parcela dos internautas pede a saída de Bolsonaro, outros manifestam seu apoio. A hashtag #BolsonaroTemRazão vem em segundo lugar.
Um dos internautas comentou: “Hoje o certo virou o errado e o errado, o certo e cheios de direitos. Vivemos a inversão de valores. E até qdo vamos aceitar isso sem que façamos nada? #BolsonaroTemRazão”
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