O músico Arthur Maia morreu na manhã deste sábado (15), aos 56 anos, em Niterói, no Rio de Janeiro. Conhecido pela imensa habilidade e versatilidade, que lhe possibilitava transitar entre o jazz e o funk, ele é reverenciado como um dos maiores baixistas do Brasil.
Segundo informações publicadas no portal G1, a causa da morte precoce foi uma parada cardíaca. Além de músico, Arthur, nascido em 9 de abril de 1962, atuou como secretário de cultura de Niterói entre 2013 e 2016.
Com o incentivo do tio, o também baixista Luizão Maia (1949 – 2005), de quem ganhou o primeiro baixo elétrico, Arthur iniciou a carreira profissional aos 17 anos em bailes, sob influência do som Black Rio, responsável por grande parte de sua discografia como solista e como músico acompanhante.
Aos 18 anos, gravou o primeiro disco como músico de estúdio, A arca de Noé (1980). Em 1981, aos 19, Maia já gravava com Ivan Lins, tocando no álbum Daquilo que eu sei. A partir daí, o músico foi requisitado para tocar em discos e shows de gigantes da MPB e do pop nacional como Caetano Veloso, Djavan, Gal Costa, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Lulu Santos, Marisa Monte e Milton Nascimento, entre muitos outros.
Arthur Maia foi ainda, um dos fundadores do Cama de Gato, grupo carioca de música instrumental que, a partir dos anos 1980, ajudou a criar a linguagem do chamado jazz brasileiro. E integrou formações da banda Black Rio e da banda pop Egotrip.
Foi também arranjador e produtor musical. Dividindo funções com Celso Fonseca, Arthur Maia deu forma ao álbum que Martn’ália lançará em janeiro com músicas do compositor e poeta Vinicius de Moraes (1913 – 1980).
Como solista, o músico e compositor deixa álbuns como Maia (1991) e Arthur Maia (1996), discos nos quais exercitou o toque do funk e do samba com toda a influência do jazz. Som que deu projeção no circuito jazzístico internacional a Arthur Maia, um dos maiores músicos do Brasil no toque do baixo elétrico.
Repercussão
Famosos lamentaram a morte de Arthur Maia nas redes sociais. No Twitter, Gilberto Gil publicou um vídeo onde o baixista demonstra sua habilidade em um solo, durante um de seus shows. “Lamentamos muito a partida precoce de um dos maiores baixistas da atualidade Arthur Maia. Seu talento e bom humor farão muita falta a todos nós.”, publicou Gil.
João Barone, baterista da banda Paralamas do Sucesso também comentou a morte do músico. “Arthur “Arthurzinho” Maia, desde cedo um super músico, um dos caras mais bem-humorados no meio musical, sempre contava histórias hilárias. Partiu muito cedo”, declarou.
Confira a repercussão da morte de Arthur Maia no meio artístico:
Lamentamos muito a partida precoce de um dos maiores baixistas da atualidade Arthur Maia. Seu talento e bom humor farão muita falta a todos nós. pic.twitter.com/crUNgXZasF
— Gilberto Gil (@gilbertogil) December 15, 2018
Arthur “Arthurzinho” Maia, desde cedo um super músico, um dos caras mais bem-humorados no meio musical, sempre contava histórias hilárias. Partiu muito cedo. #arthurmaia
— João Barone (@RealBarone) December 15, 2018
Em 1986, o Kid formou um time de feras de jazz para a turnê do disco Ao Vivo no Nordeste. O baixista era Arthur Maia, o Artuzinho, que infelizmente faleceu hoje. Fiz esta foto num hotel em Recife. Descanse em paz.#ArthurMaia pic.twitter.com/QeORPpqIA1
— Paula Toller (@PaulaToller) December 15, 2018
Música brasileira de luto com a precoce partida do gênio Arthur Maia, o maior baixista que já vi tocar. Pra quem não conheceu, segue aqui um solo monstruoso ao lado do patrimônio cultural brasieliro @gilbertogil ❤️🙏🏼https://t.co/NlA1z6sHJR
— Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) December 15, 2018
Triste notícia ! Genial Arthur Maia https://t.co/KRoUo1HKPb
— Marcelo D2 (@Marcelodedois) December 15, 2018
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