Antonio Fagundes estrela campanha ‘sincerona’ do Novembro Azul e pergunta: “quando é que você vai liberar esse c* aí?”
Vídeo foi lançado pelo canal Porta dos Fundos nesta segunda-feira (6) e revela a veia cômica do consagrado ator em uma forma diferente de quebrar tabus e conscientizar a população masculina sobre a importância do exame de próstata
O ator Antonio Fagundes protagonizou uma campanha ‘sincerona’ e bem-humorada do Novembro Azul, produzida pelo canal Porta dos Fundos. Intitulado ‘Novembro Azul Sincero’, o vídeo, lançado nesta segunda-feira (6), traz o artista em uma atuação um tanto ‘boca suja’, como você nunca viu. Mas o motivo é super válido: uma forma diferente e cômica de quebrar o tabu sobre o exame, que apesar de ser temido por tantos homens, é fundamental para a prevenção e detecção do câncer de próstata.
“Olá! Você me conhece das novelas da televisão, mas hoje eu estou aqui para falar sobre um assunto sério. Você sabia que a cada 38 minutos morre alguém por câncer de próstata?”, diz o ator, em tom sério, no início do vídeo.
Fagundes continua, em seguida:
“Novembro está chegando e, com ele, a campanha ‘Novembro Azul’. Então, a pergunta que fica é: quando é que você vai liberar esse c* aí?”, questiona o veterano das telinhas.
O ator acrescenta:
“Colocar o c*zinho para jogo é a melhor forma de se prevenir contra esta doença, que é responsável por 28% das mortes quando se trata de neoplasias malignas. Logo, deixar um profissional cutucar o seu ‘butico’ é a melhor escolha para uma vida saudável”, assegura.
São mais de 4 minutos de um vídeo de conscientização que faz um importante alerta sobre o cuidado com a saúde masculina, ainda que carregado de expressões que arrancam boas risadas, como “não existem evidências que ‘abrir a avenida para deixar o ônibus passar’ interfira na sua orientação sexual”. Ou ainda: “o c* não é botão de liga e desliga da heterossexualidade”, uma crítica ao preconceito que os homens tem em relação ao procedimento.
A campanha conta, ainda, com as participações de Fábio Porchat e Antonio Tabet.
Assista ao vídeo com Antonio Fagundes a seguir:
Câncer de próstata
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e do Ministério da Saúde, apontam que o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todas as regiões do país, ficando atrás apenas dos tumores de pele não melanoma.
São estimados 71.730 novos casos de câncer de próstata por ano no Brasil para o triênio 2023-2025. A doença é a segunda maior causa de mortes por câncer na população masculina.
Segundo o INCA, a idade é o principal fator de risco para o câncer de próstata, e é mais incidente em homens a partir dos 60 anos, mas também são considerados fatores como histórico familiar de câncer de próstata antes dos 60 anos e obesidade para tipos histológicos avançados. Exposição a agentes químicos relacionados ao trabalho também é um risco e responde por 1% dos casos.
Diagnóstico
Ainda de acordo com o INCA, os exames utilizados para a investigação diagnóstica do câncer de próstata são o PSA e o toque retal.
A recomendação é que os homens comecem a fazer exames de próstata periodicamente a partir dos 40 anos.
O exame de PSA tem a finalidade de medir no sangue o antígeno prostático específico, que é uma proteína produzida pela próstata e está disponível na corrente sanguínea e no sêmen.
Níveis alterados dessa proteína podem indicar alterações na próstata. O toque retal possui a finalidade de avaliar o tamanho, o volume, a textura e a forma da próstata. Esses exames são recomendados para a investigação, mediante suspeita de câncer de próstata.
Prevenção
O INCA recomenda como medidas de prevenção a manutenção do peso corporal adequado, de modo a diminuir o risco de câncer de próstata avançado.
Também é importante adotar hábitos saudáveis, como fazer atividade física, ter uma alimentação saudável, evitar bebidas alcoólicas e não fumar, para evitar o risco de doenças crônicas, entre elas, o câncer.
Diante de qualquer sinal ou sintoma suspeito, homens devem procurar imediatamente o serviço de saúde para realizar a investigação diagnóstica e, caso haja alguma alteração suspeita, seguir para a confirmação diagnóstica com exame histopatológico.
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