5ª Conferência do Meio Ambiente de Goiânia terá emergência climática como tema
Evento definirá políticas públicas em cinco eixos prioritários, como mitigação de danos e justiça climática
O tema da 5ª Conferência de Meio Ambiente do Município de Goiânia será ‘Emergência climática – O desafio da transformação ecológica’. O evento, que será realizado nos dias 23 e 24 de janeiro no Plenário Ipê do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT18), é aberto à participação da comunidade.
Além da construção de 10 propostas de políticas públicas prioritárias a serem implantadas na Capital, os participantes elegerão 10 delegados que representarão o município na conferência estadual.
O biólogo e antropólogo Pedro Baima, da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), destacou a pertinência do tema da conferência, em um momento em que Goiânia também enfrenta os efeitos das mudanças climáticas, com chuvas com grandes volumes, que provocam danos e trazem riscos à população.
A situação levou o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) a criar o Gabinete de Crise Climática, instituído por decreto publicado no Diário Oficial do Município da última quarta-feira (15/1) para a adoção de medidas mitigatórias referentes à emergência climática.
“As mudanças climáticas são acentuadas pelo estilo de vida da população da Terra de maneira geral,que culminam com a emissão de gases de efeito estufa e o aquecimento global”, observa Baima, que é doutor em antropologia social.
Na Região Centro-Oeste, as mudanças manifestam-se na forma de secas severas, com ondas de calor extremo e problemas de abastecimento hídrico, e com chuvas com grandes volumes concentrados, o que provoca estragos.
“Com o aumento das temperaturas e da seca, os rios começam a ficar vazios e há risco de racionamento”, pontua o biólogo da Amma.
Entre os objetivos da Conferência de Meio Ambiente está o de identificar os gargalos e pontos de maior vulnerabilidade na cidade para propor as políticas públicas correspondentes.
“O poder público vem fazendo ações para mitigar esses efeitos, como o plantio de árvores, obras de drenagem, projetos e programas, mas precisamos da colaboração da população para gerar menos resíduos e evitar a degradação ambiental”, salienta Pedro Baima.
Eixos da conferência
A conferência está organizada em cinco eixos, sobre os quais serão instituídos grupos de trabalho para elaboração de propostas. São eles: mitigação; adaptação e preparação para desastres; transformação ecológica; justiça climática; e governança e educação ambiental.
As propostas dos grupos de trabalho serão levadas para apreciação da plenária, que escolherá duas propostas de cada eixo, totalizando 10. Poderá participar qualquer pessoa maior de 16 anos, devidamente inscrita, para assegurar a ampla participação da sociedade civil e do poder público.
A Amma solicita que os participantes levem suas garrafas de água, para diminuir a geração de resíduos. Ao final da conferência, a agência vai calcular os resíduos gerados e o impacto ambiental e vai compensar esse impacto zerando a pegada de carbono do evento.
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