Em assembleia, trabalhadores do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia decidem iniciar greve nesta sexta-feira (30)
Profissionais da categoria reivindicam reajuste salarial, além de melhorias nas condições de trabalho, segurança, carga horária e benefícios sociais
Durante assembleia realizada na manhã desta terça-feira (27) pelo Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (SindColetivo), funcionários do transporte público decidiram, por meio de votação, iniciar uma greve na próxima sexta-feira (30). O encontro ocorreu no Terminal Padre Pelágio e reuniu motoristas e membros do sindicato, que discutiram diversos assuntos pertinentes à categoria.
A paralisação tem como objetivo principal impulsionar a campanha por um reajuste salarial, demanda considerada urgente. Além do aumento dos salários, os motoristas e demais profissionais do transporte coletivo também reivindicam melhorias nas questões relacionadas às condições de trabalho, segurança, carga horária e benefícios sociais.
A decisão foi tomada com ampla aprovação dos presentes. Com início programado para sexta-feira, a greve tem o potencial de afetar significativamente o funcionamento do sistema de transporte público de Goiânia e Região Metropolitana.
De acordo com o sindicato, a medida é necessária para pressionar as empresas do transporte público a negociarem um reajuste salarial justo, que reflita a valorização de seus esforços e a crescente inflação que impacta diretamente o custo de vida. A categoria pede 15% de reajuste, o Ministério Público do Trabalho (MPT-GO), orienta 11% e as empresas oferecem 7%, oferta considerada inaceitável pelos trabalhadores.
Com a mobilização, os profissionais do transporte coletivo esperam conquistar avanços significativos em suas condições de trabalho e remuneração. “A união da categoria mostra a força e a determinação em busca de uma valorização justa e digna, contribuindo para uma sociedade mais justa e equilibrada”, afirma Fernando Ferreira, diretor do SindColetivo.
O sindicato pediu compreensão e apoio por parte da população e disse ainda que continuará aberto ao diálogo com as empresas de transporte público, visando encontrar uma solução que atenda aos anseios dos trabalhadores e permita a retomada dos serviços de maneira satisfatória para todos.
O que diz o SET sobre a greve no transporte coletivo?
Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros de Goiânia (SET) disse ver com surpresa a decisão de parte da categoria dos motoristas em fazer a paralisação, uma vez que as negociações ainda estão em andamento. Segundo o sindicato, as empresas não foram comunicadas oficialmente desta definição e souberam por meio de divulgações na imprensa.
“O SET lamenta a decisão dos motoristas que, mesmo com a abertura das empresas para concessão de aumento salarial acima da inflação e com ganhos reais, tomem a decisão de prejudicar a população”, diz um trecho da nota.
O sindicato afirma ter apresentado uma proposta no Ministério Público do Trabalho na última sexta-feira (23) com aumento real de 2,5%, além de oferecer, para setembro próximo, mais uma reposição da inflação, que deve totalizar um aumento de 11%, o qual incidirá também no 13º salário e nas férias dos trabalhadores.
Ainda de acordo com o comunicado, o SET continua à disposição da imprensa e estará presente em mais uma reunião de negociação, marcada para a tarde desta quarta-feira (28) com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
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