Motorista confessa ter matado fisioterapeuta que teve corpo arremessado após carro capotar na BR-060
Autor chegou a afirmar que outro homem havia cometido o crime e que apenas ocultaria o corpo, mas a polícia concluiu que ele agiu sozinho
O delegado Caio Martines, da Polícia Civil de Goiás (PCGO), responsável pelas investigações da morte da fisioterapeuta Larissa Araújo, de 25 anos, deu detalhes nesta terça-feira (3) do que já se sabe sobre o caso. O motorista do veículo, identificado como Jerfeson Erivaldo da Silva Nascimento, confessou ter matado a jovem.
O corpo dela foi encontrado na manhã de segunda-feira (2), com as mãos e pernas amarradas e enrolado em um lençol, após ser arremessado para fora de um carro que capotou na BR-060, em Rio Verde, no sudoeste goiano. Larissa teria sido morta entre 5 e 6 da manhã.
De acordo com o delegado, o veículo envolvido no acidente, um Ford Ka, pertencia à fisioterapeuta, pois havia um comunicado de venda em seu nome. De posse dessa informação, a polícia iniciou a apuração dos fatos e as buscas pela pessoa que conduzia o veículo pela rodovia.
O motorista foi detido pela Polícia Militar (PM) em uma área de mata próxima ao local do acidente. Ao ser questionado sobre o que havia ocorrido, o homem informou que estava apenas transportando o corpo e que faria a ocultação do cadáver, mas não possuía envolvimento nenhum com o crime.
A PM informou que Jerfeson estava em Rio Verde há um mês. Ele veio do Rio Grande do Norte, onde cumpria pena por roubo.
Ao ser preso, ele citou características de outro homem de um bairro da cidade, a quem se referiu como sendo forte, musculoso, barbudo, baixo e com o braço tatuado. Segundo ele, esse indivíduo, que seria um ex-namorado, é quem teria matado a jovem e depois pedido a ele que buscasse e ocultasse o corpo. O suspeito afirma ter recebido R$ 100.
O homem apontado como sendo o mandante chegou a ser preso, mas a Polícia Civil (PC) concluiu que ele não teve participação na morte de Larissa e sequer conhecia a vítima.
“Foram apresentadas algumas imagens fotográficas desse suposto autor ao motorista do veículo. Ele indicou uma pessoa, a Polícia Militar foi até o encontro dessa pessoa, realizou a prisão dela e a apresentou na Polícia Civil. Feita a apresentação, a Polícia Civil interrogou esse segundo suspeito, analisou de forma detida o seu telefone celular, analisou o celular da vítima, conversou com amigos e familiares, amigos íntimos, pessoas confidentes da vítima, que sabiam de todos os seus segredos. E assim, a Polícia Civil analisou algumas provas periciais e, diante de tudo isso, considerou que, na verdade, esse segundo indivíduo não tinha absolutamente nenhum envolvimento com o crime e que ele sequer conhecia a vítima”, destacou o delegado Caio Martines.
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Confissão
Após ser interrogado por várias horas e confrontado com as provas, Jerfeson assumiu a autoria do crime.
O suspeito contou à polícia que pulou o muro da frente da casa da vítima e entrou pela porta da residência, que estava aberta.
No local, Jerfeson furtou pertences da fisioterapeuta. Em seguida, ele amarrou, estuprou e matou Larissa. Por fim, o suspeito afirmou que colocou a vítima sem vida no interior do seu veículo, junto com objetos que pegou da casa e saiu.
Mesmo com a apresentação de provas e apesar de ter confessado ser o autor, Jerfeson insiste que houve um mandante. Segundo Caio Martines, a versão é tida como falsa pela Polícia Civil, mas será apurada. O delegado acredita que ele agiu sozinho.
“Ele ainda insiste numa versão de que há um mandante e que ele apenas estava cumprindo ordens. Todos os trabalhos serão feitos, a Polícia Civil segue analisando a filmagem, segue conversando com testemunhas, segue procedendo ao exame de provas periciais. Mas até então, o que se tem é que ele agiu sozinho”, finalizou o delegado.
Jerfeson deverá ser indiciado por latrocínio e abuso sexual.
Veja o vídeo com informações do delegado Caio Martines a seguir:
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