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É lei: bares e restaurantes são obrigados a oferecer cardápios físicos em Goiás

Texto justifica que o cardápio virtual traz dificuldades de acesso para idosos ou pessoas com deficiência visual. Entidades do setor recomendam cumprimento da lei, mas alegam não terem sido ouvidas

Uma nova lei tornou obrigatório que bares, lanchonetes, restaurantes e estabelecimentos similares disponibilizem cardápios físicos em Goiás.

Sancionada no dia 28 de dezembro de 2023 pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e divulgada pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) na última sexta-feira (26/1), a Lei Estadual nº 22.517 é originária do projeto de lei nº 400/23, de autoria do deputado Veter Martins (PRD).

Segundo o texto, o propósito é assegurar “maior conforto e comodidade aos clientes no momento da consulta aos cardápios, em especial aos idosos, que foram particularmente prejudicados pela introdução de cardápios virtuais”.

Em relação ao cardápio virtual, a matéria argumenta que há “por um lado, maiores dificuldades de acesso para idosos ou pessoas com deficiência visual. Por outro, exige-se que os clientes tenham à mão celular com acesso à Internet”.

De acordo com Veter, “se o consumidor estiver sem seu aparelho, ou se este estiver descarregado ou sem sinal, não há meio de informar ao cliente suas opções de consumo”, fato que justifica a exigência da disponibilização de cardápios físicos, conforme o texto apresentado pelo parlamentar.

Ainda segundo a lei, os bares e restaurantes poderão adotar o cardápio na modalidade digital ou com QR Code apenas de maneira adicional ao formato impresso. Dessa forma, o cardápio digital não poderá substituir o cardápio impresso nesses estabelecimentos.

Abrasel e Sindibares se pronunciam sobre a obrigatoriedade dos cardápios físicos em Goiás

Em nota, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-GO) e o Sindicato de Bares e Restaurantes do Município de Goiânia (Sindibares Goiânia) afirmaram que recomendam a todos seus associados que cumpram a lei em relação aos cardápios.

As entidades, no entanto, disseram não terem sido ouvidas pelos parlamentares. E alegam que os cardápios digitais por QR Code trazem vantagens operacionais aos estabelecimentos e a muitos clientes, que acham o formato mais ágil e prático para fazer pedidos.

Confira a nota na íntegra a seguir:

A Abrasel-GO e o Sindibares Goiânia recomendam que todos seus associados cumpram a lei em relação aos cardápios, que tenham a versão em papel. Porém as entidades lamentam não terem sido ouvidas pelos parlamentares em relação ao assunto.

Os cardápios por QR Code ganharam força durante a pandemia, como medida sanitária, já que evitavam a manipulação de peças e diminuíam a necessidade de contato próximo com atendentes. A tecnologia já existia e ganhou impulso no período, pois também traz vantagens operacionais aos estabelecimentos (como a agilidade para incluir itens e fazer promoções) e a muitos clientes, que acham mais ágil e prático consultar as opções em seu próprio celular e, em alguns casos, já fazer seus pedidos por ali.

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Vinicius Martins

Jornalista por formação, com especialização em Marketing e Estratégia Digital. Fundador e editor-chefe da Revista Factual.

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Um Comentário

  1. Eu só queria saber como deficientes visuais tem maior conforto e comodidade com um cardápio físico (no papel)…kkkk
    Digital e/ou Físico não vai ser confortável para eles.. O que deveria ser feito é um cardápio em braille.

    Esses político só fazem M****. Brincadeira!!!!!

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