Wilson Pollara, ex-secretário de Saúde de Goiânia, deixa a prisão
Além dele, dois auxiliares que estavam presos também foram colocados em liberdade
O ex-secretário municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, de 75 anos, deixou a prisão na madrugada deste sábado (7/12). Além dele, o ex-secretário executivo, Quesede Ayres Henrique, e o ex-diretor financeiro da pasta e do Fundo Municipal de Saúde, Bruno Vianna Primo, também foram colocados em liberdade. Eles estavam presos desde o último dia 27 de novembro, na Casa do Albergado, no Jardim Europa, região Sudoeste da Capital.
Em nota enviada à imprensa, a defesa de Wilson Pollara informou que o Ministério Público de Goiás (MPGO) concluiu que não havia motivos para conversão da prisão temporária em prisão preventiva.
Os três haviam sido presos no âmbito da Operação Comorbidade, deflagrada pelo MPGO, por intermédio do Grupo de Atuação Especializada no Patrimônio Público (GAEPP) para investigar crimes de pagamento irregular em contrato administrativo e de associação criminosa na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Thiago Peres, advogado que representa Wilson Pollara, afirmou na nota que, a partir de agora, a defesa irá acompanhar o desenrolar das investigações por parte do órgão ministerial, que poderá ou não ofertar denúncia contra o ex-secretário, resultando eventualmente na instauração de uma ação penal pública.
De acordo com o advogado, o objetivo da defesa é que Pollara não seja denunciado, pois não há provas de materialidade delitiva por parte do cliente.
“Pollara não apenas não praticou qualquer tipo de crime à frente da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), como, ao contrário, veio à Goiânia para tentar contribuir para a melhoria da atuação do órgão”, disse o advogado, na nota.
A defesa destacou, ainda, que em todos os depoimentos das testemunhas ouvidas pelo MPGO, fica claro que a crise da dívida da SMS com prestadores de serviço e fornecedores já existia antes da vinda de Pollara, desde a gestão anterior do órgão, e que jamais houve qualquer tipo de prática ilegal, como suborno e propina, por parte do cliente.
O advogado conclui a nota dizendo que, “ao tentar solucionar os problemas da saúde em Goiânia, Pollara acabou perseguido e injustiçado”. Thiago declarou que a defesa está certa de que irá conseguir comprovar a inocência de seu cliente que, neste momento, tem como foco principal buscar assistência médica para tratar de um câncer no rim, detectado durante a internação hospitalar nesta semana.
No último domingo (1º/12), Wilson Pollara foi conduzido ao Ciams Novo Horizonte, com suspeita de infarto do miocárdio. Em seguida, foi encaminhado para o Hospital Ruy Azeredo, onde foi submetido a um procedimento de cateterismo e angioplastia. O ex-secretário recebeu alta hospitalar na última quinta-feira (5/12).
Leia a nota da defesa de Wilson Pollara na íntegra a seguir:
A defesa de Wilson Pollara informa que seu cliente se encontra em liberdade desde a madrugada deste sábado (07), tendo em vista que o Ministério Público de Goiás (MP-GO) concluiu que não havia motivos para conversão da prisão temporária em prisão preventiva.
A partir de agora, a defesa irá acompanhar o desenrolar das investigações por parte do órgão ministerial, que poderá ou não ofertar denúncia contra Pollara, resultando eventualmente na instauração de uma ação penal pública.
O objetivo da defesa é que Pollara não seja denunciado, pois não há provas de materialidade delitiva por parte do cliente. Pollara não apenas não praticou qualquer tipo de crime à frente da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), como, ao contrário, veio à Goiânia para tentar contribuir para a melhoria da atuação do órgão.
Com mais de 50 anos de carreira, mestrado e doutorado em clínica cirúrgica pela Universidade de São Paulo (USP) e uma gestão à frente da Secretaria Municipal de Saúde que se tornou sinônimo de eficiência, onde conseguiu zerar a fila de espera por exames, Pollara foi convidado para assumir a SMS, no ano passado, e colaborar para sanar os problemas da saúde em Goiânia.
Em todos os depoimentos das testemunhas ouvidas pelo MP-GO fica claro que a crise da dívida da SMS com prestadores de serviço e fornecedores já existia antes da vinda de Pollara, desde a gestão anterior do órgão, e que jamais houve qualquer tipo de prática ilegal, como suborno e propina, por parte do cliente.
Ao tentar solucionar os problemas da saúde em Goiânia, Pollara acabou perseguido e injustiçado. A defesa está certa de que irá conseguir comprovar a inocência de seu cliente que, neste momento, tem como foco principal buscar assistência médica para tratar de um câncer no rim, detectado durante a internação hospitalar nesta semana.
Thiago M. Peres
OAB/SP 257.761
OAB/GO 70.310
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