Pré-natal híbrido integra tecnologias digitais no acompanhamento da grávida e bebê

O acesso remoto a médicos a qualquer lugar trouxe mais tranquilidade para a jovem Júlia Gabriela Alves de Oliveira durante todo o período da gestação até o momento do parto. Aos 22 anos, a analista contábil teve a sua primeira filha, em março deste ano, e lembra que desde o início do pré-natal teve uma relação de comunicação híbrida com a obstetra.

“As consultas presenciais aconteceram uma vez por mês e eu sempre tirava dúvidas pelos canais online para ter uma noção do que estava acontecendo. Foi algo prático e poder ter tido esse tipo de acesso à minha médica me trouxe muitos benefícios. Economizei tempo e dinheiro, além disso tive muito mais segurança porque sabia que, quando surgisse alguma dúvida, teria amparo. Fiquei menos ansiosa porque tive um monitoramento maior”, afirma Júlia.

Ao incorporar tecnologias digitais aos serviços de saúde, o acompanhamento da gravidez foi aprimorado e agora pode ser feito de forma híbrida com consultas remotas e presenciais, que são agendadas pelo médico responsável. O sócio-fundador da startup de telemedicina ZapyMed, Mayco Dias, pontua que os atendimentos podem ser feitos por qualquer dispositivo com internet, como smartphone, tablet ou computador. As consultas são por videochamada, em tempo real, com o profissional de saúde.

De acordo com Mayco, a telemedicina tornou-se um apoio à medicina presencial e garante às gestantes a possibilidade de tirar dúvidas diretamente com o obstetra, em situações emergenciais e também ter acesso a pedidos e resultados de exames, laudos e atestados de forma online. Dias explica que as rotinas de consultas são combinadas com os médicos para os cuidados da saúde tanto da mãe quanto do bebê.

“Sempre estamos encorajando as mulheres, que desejam planejar sua família e as que já estão grávidas, a reforçarem os cuidados com a saúde e usufruírem de todos os recursos disponíveis para seu bem-estar”, ressalta.

Para Júlia Gabriela, a assistência via internet ajudou muito. “Não precisei me deslocar até ao hospital em todas as vezes que tive uma dúvida e quantos surgiu uma emergência, fui tranquilizada pela médica mesmo à distância”.

Ela recorda que, no dia 28 de março, quando a bolsa estourou, não desconfiou do que estava acontecendo, mas decidiu mandar uma mensagem para a obstetra.

“O líquido começou a sair em pouca quantidade, diferente do que acompanhamos em filmes, por exemplo. No entanto, falei com a médica, que me orientou a ir a um hospital e me monitorou e, isso, foi essencial para que pudesse saber o que fazer, pois estava muito nervosa aguardando uma bebê prematura de 35 semanas”, conta ela, que teve um parto tranquilo.

A médica especialista em fertilidade, Lorena Apolinário, diz que a telemedicina tem democratizado o acesso à informação e facilitado os tratamentos, seja na fase de fecundação ou no acompanhamento da gestação. Segundo ela, como nem sempre o paciente e o médico estão numa mesma cidade, por exemplo, a teleconsulta reduz custos e agiliza a primeira consulta e as solicitações de exames.

“Com o uso da tecnologia, é possível também estabelecer tratamentos em conjunto, com consultas virtuais e presenciais com médicos parceiros. As inovações têm permitido que os tratamentos sejam muito mais leves”, assegura Lorena.

Além dos atendimentos com obstetra, outras vantagens da telemedicina são a abrangência de outras especialidades, como, por exemplo, clínica geral, psicologia, nutrição, cardiologia, fonoaudiologia e serviços de enfermagem. Samuel Costa, que também é sócio da ZapyMed, avalia que as pessoas estão percebendo as vantagens oferecidas pela medicina online e o custo acessível é um diferencial.

“Ao custo médio de R$ 1 por dia, a pessoa pode realizar consultas médicas a qualquer horário por dia sem necessariamente ter que perder o turno de trabalho em filas”, reforça.

Samuel comenta que o plano de telemedicina oferece também clube de benefícios com descontos em medicamentos, exames e consultas presenciais em redes parceiras, assim como seguro de vida e assistência funerária.

“As soluções evoluem de acordo com as demandas da sociedade. Durante o pré-natal, além da obstetrícia, a gestante pode receber acompanhamento psicológico e nutricional durante a gestação através da telemedicina. Há muitas possibilidades interessantes, que melhoram o acesso à saúde”, finaliza.

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