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TRT convoca reunião para tentar evitar greve de motoristas do transporte coletivo de Goiânia

Audiência entre Sindicoletivo, SET e empresas de ônibus está marcada para as 9 horas

O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18) convocou para esta quarta-feira (26/6), às 9 horas, uma reunião de mediação entre o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros de Goiânia (SET) e empresas concessionárias. O intuito do encontro é propor uma conciliação, a fim de tentar evitar a iminente greve dos motoristas, que pode ser deflagrada a partir da zero hora da próxima sexta-feira (28/6).

A audiência foi solicitada pelo Sindicoletivo, que alega buscar desde dezembro de 2023, a celebração da convenção coletiva de trabalho de 2024/2025 junto às empresas, mediante diversas reuniões diretas entre as partes, as quais não tiveram o resultado almejado.

De acordo com o TRT-18, ambas as categorias estão em meio a avançadas negociações, o que pode ser observado pelas entregas recíprocas de propostas e contrapropostas. No entanto, o sindicato que representa os trabalhadores argumenta que a categoria profissional já deliberou pelo início do movimento grevista na sexta-feira, o que deve ocorrer caso não haja acordo que atenda aos interesses da classe.

O Sindicoletivo reivindica um reajuste salarial de 15% e um acréscimo de 20% no ticket alimentação, além de melhores condições de trabalho, como por exemplo, adequações nas salas utilizadas para descanso e refeições pelos profissionais dentro dos terminais.

Em contrapartida, a proposta apresentada pelo SET para a categoria é de reajuste salarial de 4,5%, retroativo a março, e mais 2% a partir do mês de setembro.

“A gente vê hoje uma outra situação que foi lançada. Um subsídio de quase R$ 2 bilhões para as empresas de ônibus, revitalizarem os terminais, os pontos de ônibus e comprar ônibus novos. Mas eles fizeram lá as contas deles e não colocaram nenhum tipo de benefício pra classe trabalhadora. Então, ao final desse programa, as empresas vão ter todos os terminais revitalizados, todos os pontos de ônibus revitalizados, ônibus novo às custas de impostos, e nós, motoristas, vamos continuar com o aumento de 20% de 2020 pra cá. Eu acho que isso é um absurdo”, afirma Carlos Santos, presidente do Sindicoletivo.

Em nota enviada à Factual, o SET classificou o movimento de greve como “ilegal”. E declarou que vem se dedicando em incontáveis etapas da negociação coletiva para atender aos pleitos dos representantes sindicais, atuando com urbanidade, diálogo e absoluto compromisso com o trabalhador e com o passageiro.

“O SET reafirma seu compromisso diuturno com a negociação respeitosa e responsável, bem como repudia quaisquer tentativas de tornar a negociação coletiva do transporte público goiano em instrumento de politicagem, bem como de qualquer outro expediente que não atenda aos interesses da nossa comunidade”, diz trecho da nota divulgada pelo sindicato que representa as empresas do transporte coletivo.

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Vinicius Martins

Jornalista por formação, com especialização em Marketing e Estratégia Digital. Fundador e editor-chefe da Revista Factual.

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