Rádio Universitária, em Goiânia, conclui processo de migração e passa a se chamar Rádio UFG 88,5 FM
Processo de mudança do AM para o FM foi iniciado há mais de 10 anos. Evento de virada de chave será realizado no dia 10 de março
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Após mais de 10 anos, a Universidade Federal de Goiás (UFG) concluiu o processo de migração da Rádio Universitária, que atualmente está na amplitude modulada (AM), e passará a ser transmitida na frequência modulada (FM). Dessa forma, a emissora deixará os 870 AM e entrará no ar em 88,5 FM. Com a mudança no dial, também está previsto um reposicionamento da marca, que passará a se chamar Rádio UFG 88,5 FM. O lançamento oficial esetá marcado para o dia 10 de março de 2025, às 8h30, na sede da estação, situada no Lago das Rosas, em Goiânia.
A frequência FM é tida como mais moderna e com melhor qualidade de som. A expectativa é de que a atualização deixe o canal, que acumula 62 anos de história, ainda mais perto do público de Goiânia e Região Metropolitana. Outras novidades estão sendo planejadas e serão gradativamente implementadas.
O evento de virada de chave para a Rádio UFG 88,5 FM terá a presença da diretora-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a jornalista Maíra Bittencourt, que vai participar ao vivo, às 8 horas da manhã, do programa Boa Semana UFG. O convite foi feito a ela porque, em 2023, o veículo passou a fazer parte da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNPC), por meio da EBC. Isso permite a veiculação de programação da rede e colaboração técnica, além do fortalecimento da produção regional por meio do intercâmbio de conteúdos artísticos e jornalísticos.
O processo de migração contou com a consultoria da professora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (FAC/UnB), Nélia Rodrigues Del Bianco, que também realizou oficinas de capacitação da equipe para adequar as produções aos novos formatos.
“Hoje em dia o rádio não existe apenas nas antenas. É preciso estar no site, no YouTube, por meio de podcasts nos streamings e mais. Já temos uma presença multiplataforma e a ideia é aumentar”, observa a diretora da Rádio UFG, Márcia Boaratti.
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História da Rádio Universitária
A Rádio Universitária UFG foi criada em 1962, pelo fundador e primeiro reitor da UFG, Colemar Natal e Silva. O veículo de comunicação entrou no ar em 1965. Para a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, esta nova fase faz jus aos anseios do pioneiro da Instituição.
“Nós estamos honrando o que diagnosticou e prognosticou o professor Colemar quando assinou a resolução que criou a Rádio que é uma rádio para falar para o mundo, para o Brasil, para falar da Universidade, dos feitos da Universidade, mas também para falar de cultura e educação. Cada vez mais precisamos de instrumentos de comunicação focados em educação, civilidade, cultura e de tal maneira que venha a cumprir o seu papel”, acredita a reitora.
Angelita enfatiza que a nova Rádio UFG vai manter o seu papel de rádio pública com o compromisso com a educação.
“Além disso, temos uma rádio que é um espaço importantíssimo de formação de comunicadores como jornalistas e relações públicas, ligados aos cursos da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), mas também para todas as graduações que tenham relação direta com a produção cultural”, ressalta.
Processo de migração AM/FM
O processo começou há mais de 10 anos, quando a então presidente Dilma Rousseff (PT) editou o Decreto 8.139 de 7 de novembro de 2013, que dispõe sobre as condições para extinção do serviço de radiodifusão sonora em ondas médias de caráter local e outros temas. No ano seguinte, o Ministério das Comunicações publicou a Portaria 127 de 12 de março de 2014 com os procedimentos para que a adaptação fosse levada adiante.
“A portaria dava dois caminhos a serem seguidos, ou migrar para FM ou se tornar uma AM regional. Em 2014 fizemos essa opção pelo formato FM. O processo está sendo finalizado agora junto à Anatel [Agência Nacional de Telecomunicação] e ao Ministério das Comunicações, estamos com os equipamentos e ferramentas necessárias para fazer a mudança foram adquiridas”, diz Márcia Boaratti.
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