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Após operação, Vilmar Mariano defende construção da sede da Câmara e diz que processo teve “lisura total”

Prefeito de Aparecida de Goiânia, que presidiu o Legislativo municipal entre 2017 e 2020, afirma que contratação foi transparente e entende que não haveria necessidade das buscas

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano (MDB), se pronunciou após a Operação Dose Dupla, da Polícia Civil de Goiás (PCGO), realizada nesta quinta-feira (19) pela Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor). Mesmo não sendo alvo de busca e apreensão, o gestor emitiu um comunicado à imprensa em que defendeu o processo de contratação da empresa para a construção da nova sede da Câmara Municipal, que presidiu entre 2017 e 2020.

“A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia funcionava até a chegada de Vilmar Mariano, em 2017, à presidência do Poder Legislativo municipal em um acanhado prédio no Centro histórico. Várias cidades de Goiás, menores que Aparecida, contavam com prédios melhores que a sede do Poder Legislativo da segunda maior cidade do Estado de Goiás”, diz um trecho do texto.

O prefeito disse, ainda, entender que não haveria necessidade das buscas e apreensões realizadas nesta quinta-feira, “porque todos os citados sempre estiveram a disposição das autoridades e, sobretudo, porque o processo de construção da sede própria da Câmara de Aparecida ocorreu com lisura total”.

Confira o comunicado de Vilmar Mariano na íntegra a seguir:

A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia funcionava até a chegada de Vilmar Mariano, em 2017, à presidência do Poder Legislativo municipal em um acanhado prédio no Centro histórico. Várias cidades de Goiás, menores que Aparecida, contavam com prédios melhores que a sede do Poder Legislativo da segunda maior cidade do Estado de Goiás.

Por isso, como presidente da Câmara, Vilmar Mariano, modernizou o Poder Legislativo mudando provisoriamente a sede para um local mais amplo, que desde então recebe a todos com mais dignidade – atual sede do Parlamento municipal.

Em ato contínuo iniciou a construção da sede definitiva. A contratação da empresa ocorreu em processo transparente e com lisura total.

Com quatro mandatos de vereador – sendo presidente da Câmara, entre 2017 e 2020 – , vice-prefeito e agora prefeito de Aparecida, ou seja, como homem público, Vilmar Mariano sempre esteve à disposição de todos órgãos de controle da administração pública e respeita o trabalho de todos, mas entende que não haveria necessidade das buscas e apreensões realizadas nesta quinta-feira, 19, porque todos os citados sempre estiveram a disposição das autoridades e, sobretudo, porque o processo de construção da sede própria da Câmara de Aparecida ocorreu com lisura total.

+ LEIA TAMBÉM: Gustavo Mendanha e secretário de Desenvolvimento Urbano são alvos de operação

Entenda o caso

O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia e ex-candidato a governador de Goiás, Gustavo Mendanha (Patriota) e o primo dele, o atual secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Davi Mendanha Lorero, que foi Procurador Geral da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia no período em que Vilmar Mariano presidia a Casa, foram alvos da Operação Dose Dupla, deflagrada nesta quinta-feira.

No total, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão contra servidores e ex-servidores municipais da cidade, além de empresas e seus respectivos sócios.

A investigação apura fraudes na licitação para a construção da nova sede da Câmara Municipal. Segundo a Polícia Civil, foi realizado até o momento, o bloqueio de bens e valores de investigados no valor de R$ 1.045.617.

“A investigação apura fraude licitatória e fraude na execução do contrato oriundo dessa licitação. A fraude diz respeito ao direcionamento na contratação de uma empresa, porém quem executou o serviço foi uma outra empresa”, explicou o delegado Alexandre Otaviano, da Deccor.

Em uma live nas redes sociais, Gustavo Mendanha se defendeu dizendo que “causa estranheza” que ele tenha sido alvo da operação e falou na possibilidade de “erro processual”, uma vez que ele já havia deixado a presidência da Câmara na época da licitação.

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Vinicius Martins

Jornalista por formação, com especialização em Marketing e Estratégia Digital. Fundador e editor-chefe da Revista Factual.

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